quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
anotação do dia
terça-feira, 9 de novembro de 2010
vida do dia
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
lição do dia
sábado, 18 de setembro de 2010
divagação do dia
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Dialética
É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...
- v. de moraes
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
lição do dia
quarta-feira, 28 de julho de 2010
descoberta pessoal
sexta-feira, 18 de junho de 2010
lição do dia
segunda-feira, 7 de junho de 2010
lição do dia
quinta-feira, 3 de junho de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
reconciliação
cria o pranto
e todo suspiro
sábado, 27 de março de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
Para que me sinta menos anormal, suponho que já tenha ocorrido ao leitor o alívio e a tristeza de olhar para alguma coisa que sempre esteve entranhada em nós e, a partir de um momento nada eminente, percebê-la alheia, à parte.
Que me lembre, a primeira vez que me aconteceu foi quando minha mãe voltou de uma viagem que durou aproximadamente dois anos. Pra não se tornar mais particular, basta dizer que a estranheza que se sente nesse momento é digna de confusão e vergonha por parte de quem a 'pratica' pela primeira vez. Triste e sincera.
Sabe-se lá por que tal processo acontece, talvez seja o final, digo, o entendimento de que aquele objeto não é ou não está como nós projetamos. Acho que acontece com mais frequência do que se gostaria e menos do que deveria acontecer. À parte a desilusão, algumas vezes é possível sentir uma ponta de tranquilidade nessa prática irregular, ou seriam todas as vezes, afinal, nada melhor do que se livrar de dada ilusão.
Acontece de forma sorrateira e, geralmente, sem possível remorso duradouro: olha-se para aquilo que se amou intensamente, pisca-se, percebe-se atônito que aquilo não faz mais parte da sua lista de 'melhores', que não está no cabide das camisas favoritas, que não ocupa a melhor estante ou que não está no porta-retratos de destaque. Provavelmente, a possível frustração de não amar mais se dá pelo fato de ter realmente amado um dia. Vai saber.
Particularmente, às vezes dá vontade de sentir aquelas coisas boas novamente, mas quem sente por vontade senão aquele que anda completamente em falta consigo? Se há algum consolo, digo que, no meu caso, esse processo já se mostrou reversível, mas não gosto de apostar nisso, soa deplorável. Basta sentir-se melhor ou pior e aceitar. Como eu, sentir-se contrariado por esse e tantos outros motivos dados no dia corrente, desabafar sem esmero e ir dormir.