tu não estás comigo em momentos escassos:
no pensamento meu, amor, tu vives nua
- toda nua, pudica e bela nos meus braços.
o teu ombro no meu é ávido, se insinua.
pende tua cabeça. eu amacio-a... afago-a
ah, como a minha mão treme... como ela é tua
põe no teu rosto o gozo uma expressão de mágoa.
o teu corpo crispado alucina. de escorço
o vejo estremecer como uma sombra n'água
gemes quase a chorar. suplicas com esforço.
e para amortecer teu ardente desejo
estendo logamente a mão pelo teu dorso....
tua boca sem voz implora em um arquejo.
eu te estreito cada vez mais, e espio absotro
a maravilha astral dessa nudez sem pejo...
e te amo como se ama um passarinho morto.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
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